Páginas

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


às vezes brinco com as minhas amigas que eu saí de casa mas continuo não mandando na minha vida. e é verdade isso, queria que não fosse mas é. tenho a sensação de que a vida me atropela todos os dias. eu não faço o que eu quero, eu faço o que eu devo cruzando os dedos pra que sobre algum tempo no fim do dia pra eu sei lá, ler, ir no cinema… o que eu sempre gostei de fazer mas que perdeu espaço no meu dia a dia desde que eu entrei pra faculdade. aqui o estresse vai aumentando, aumentando e aumentando até que chega num nível que não é livro ou filme que resolve, é cerveja. cachaça. cigarro. isso é bom por seis meses, depois satura. você fica se sentindo como eu: atropelada pela vida. e isso não é legal.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sempre em frente, não temos tempo a perder.


É um processo cansativo esse de querer mudar, nem que seja um pouquinho, o rumo da sua vida. Posso ir e vir, voltar atrás e ter dúvida sobre todas as minhas decisões profissionais, sobre o filme que eu vou assistir no cinema, sobre a roupa que eu vou usar, sobre tudo, exceto relacionamentos. E relacionamentos incluem amigos, ‘ex-quase-amores’ e toda a infinidade de denominações que acabamos dando para as pessoas que convivem com a gente.

É aquele conselho barato de dê uma chance, uma segunda se você quiser, mas depois disso, amigo, pra que insistir no erro? Eu fecho os olhos, deixo pra trás e não quero nem saber que fim teve. Concluí que por mais que seja momentaneamente satisfatório rogar umas praguinhas, jogar o nome da criatura na macumba e desejar que a vida lhe dê uns bons tabefes… não adianta perder tempo, pois isso não vai acontecer. Quer dizer, até vai, mas você provavelmente não vai estar lá pra olhar, o que faz perder toda a graça. E o pior de tudo é que quando a vida finalmente tratar de dar um puxãozinho no tapete do maldito, será algo interpretado como uma terrível injustiça, jamais como um castigo merecido por ser tão desprezível. Uma pena, viu?

Por isso, que esses fiquem. Pra trás, pra longe… Não quero saber o que vão achar das minhas escolhas, do meus novos amigos, de quem eu resolvi namorar, do meu novo corte de cabelo, da academia que eu passei a frequentar, do cachorro que eu quero comprar, do que eu bebo, dos lugares que frequento. Não tenho dó de memórias quando quem as criou já se foi porque quis, porque mereceu.

Mas não sei se são as redes sociais (sempre as culpadas), ou se esse tipo de gente tem um modo ‘maldade a longo prazo’: cada mês você descobre mais um mimimi, mais um chifre, mais uma dor de cotovelo… e sem querer ser piegas ou qualquer coisa do gênero, uma pergunta permanece inquieta na minha cabeça. E esses amigos? E esses ‘ex-quase-amores’? Enfiaram o discurso de amigo fiel, de ‘parceiro’ aonde? Depois de tanto tempo tentando me livrar de vocês, ainda me pergunto: será que tem alguém nessa vida que vocês amam mesmo? Porque se eu fui uma dessas e tive uma amostra de todo esse sentimento, não quero nem imaginar o que vocês fazem pra galerinha que não vai com a cara de vocês. Não mesmo.

Eu fecho os olhos, deixo pra trás e não quero nem saber que fim teve.

domingo, 25 de novembro de 2012

‘Mas me conta, o que você tem feito?’


Será que um dia eu ainda conseguirei escapar ilesa dessa pergunta? Naaah, provavelmente não. De férias e vítima desse *infeliz questionamento* eu descobri que, dependendo das respostas, as reações são na maioria das vezes as mesmas. Pensa só.

‘Mas me conta, o que você tem feito?’
‘Ah, estudado/trabalhado muito! Provavelmente eu passe no vestibular, conquiste isso, aquilo, etc.’

Reação: pessoa fica feliz e secretamente com um certo peso na consciência, porque sabe que deveria estar fazendo isso ou dando mais de si.

‘Mas me conta, o que você tem feito?’
‘Baaah, uma farra só! Não paro em casa, muita festa, muita cachaça…’

Reação: pessoa fica feliz e secretamente sente inveja de você porque aparentemente sua vida social é muito mais agitada que a dela'.

‘Mas me conta, o que você tem feito?’
‘Tirei meu tempo pra ver vários filmes, ler livros pendentes, assistir peças… essas coisas’.


Reação: a pessoa fica feliz e secretamente pensa que na verdade você não tem feito nada.

SIM, estereotipei todo mundo mermo! hahahah E SIM, foi uma brincadeira. Só posso falar que é real esse último aí. Tenho lido bastante livro – estou até amiga do cara da livraria e da moça do sebo! – assistido bastante filme, até no teatro fui. Vez ou outra eu e Alexandre fazemos piquenique – que é um dos meus programas favoritos – vamos no cinema, etc. Ainda assim meus amigos acreditam que eu só durmo e minha mãe resume tudo isso a não fazer nada. Quanta motivação, fico agradecida! Próximo post eu falo sobre todo o meu ‘não fazer nada’, que para mim tem sido bem proveitoso! (:

sábado, 27 de outubro de 2012

‘Neura’ da vez: comida!


Se eu tivesse a chance (vida, por favor, não me dê) de fazer o ENEM mais uma vez, acho que aconteceria a mesma coisa do ano passado e deste. Com menos de um mês para a prova eu abstraio. Foco totalmente em qualquer coisa diferente do que eu deveria estar fazendo. Não sei se é nervosismo ou uma forma de dizer à mim mesma que ‘não adianta mais, filha, estudar pra quê?’.

Ano passado eu caminhava na orla, nadava, ia pra academia, corria mais um pouquinho, voltava pra casa e morria dormindo. Não sobrava tempo pra pensar; era tudo no automático. Esse ano começou com a neura dos livros. Gastei além da minha cota para o sebo (dinheirinho é separado cuidadosamente e acaba na metade do mês), fui na biblioteca, li os livros que estavam esquecidos na estante…

Passado isso veio a tal da dieta. Não é lá bem uma dieta, está mais para uma reeducação alimentar que eu e a Karol nos propusemos a fazer. Virei a leitora louca de rótulos e vivo fazendo substituições inteligentes na minha cabeça. Faz uma semana e eu já não tenho mais tomado refrigerante, tenho comido menos carne vermelha, troquei o leite integral pelo desnatado e já consegui enjoar de granola. O engraçado é que nessa tentativa de mudança eu percebi que meus hábitos alimentares não são tão horríveis assim e que o problema é o meu sedentarismo. Baixei aplicativos pro iPhone, resolvi que ia começar a correr enquanto não arranjasse dinheiro para a academia ou para as aulas de boxe (sonho em fazer isso). Me surpreendi que estava dando certo, meu folêgo – para a minha surpresa – tinha melhorado, tudo ia bem… até que meu tornozelo cretino resolveu se manifestar. Ele é ruinzinho desde sempre, mas só agora veio me aprontar essa.

A frustração + autosabotagem me levaram ao vício no Pinterest – que eu tachava mentalmente de coisa mais inútil dessa vida. Tags favoritas são food e decor (mas isso tem a ver com outra coisa e blablablá). Fico horas a fio olhando receitas, comidas e essas ‘invenções’ na cozinha. Ainda não me arrisquei a fazer nada elaborado (panqueca pra mim é elaborado, ok), então me restrinjo às bobinhas gelatinas em casca de laranja. São agradáveis aos olhos e me entretém – pra vocês verem como é fácil me entreter com alguma coisa.

Da listinha de receitas que um dia eu quero testar (família, prepare o estômago nessas férias), essas são algumas delas.

   Frango ao suco de laranja, clica! Salpicão Apple Chips

1.Frango em tiras ao suco de laranja: tem receitinha e parece muito gostoso. Adoro essas comidas agridoces, como molho de mostarda e mel <3

2. Não tem receita, mas me parece um salpicão no abacate bem levinho.

3. Meu favorito: apple chips! Nada mais nada menos que maçãs desidratadas com açucar mascavo e canela. Achei tão genial e simples que só acredito que não consigo fazer quando tentar, haha.

Além disso, tem o macarrão de forno que aprendi com o Kevin querido, meu amigo universitário que vem com essas inovações da sua vida ‘morando sozinho’. Já devo ter feito umas três vezes, com ingredientes diferentes, mas sempre erro alguma coisa.

macarraoMacarrão de forno       Gelatina na casca de laranja

Meu macarrão de forno e minhas gelatinas na laranja, tiradas do meu Instagram – o que explica o efeito exagerado pra coisa toda parecer bonita. :B

Sei que tudo isso mantém meu foco longe de onde ele deveria estar. E espero do fundo do meu coração que seja a última vez! Da próxima quero me perder nessas receitas sem peso na consciência! (:

domingo, 14 de outubro de 2012

Johnny Cash, estou cansando de você


Minha vida é um ciclo: em um momento eu estou feliz, no outro Johnny Cash me olha e diz algo como ‘nos encontramos novamente, uh?’ em um tom de velho amigo. Hurt é a aceitação do meu estado deprimente – ou desprezível. Não, não pode ser a versão do NIN, tem que ser Cash. Hurt é para os dias ruins, esses dias de fim. Mas tenho que confessar, amigo, estou cansando de você.

cash2

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O beco


Não sou atleta nem fissurada por academia e isso percebe-se só de olhar. Também não sou rica, nem metida a rica ou coisa que o valha. Eis que segunda-feira, porém, a vida (ou a minha mãe, também se encaixa aqui) resolveu colocar essas coisas à prova.

Minha mãe voltou toda empolgada da academia, dizendo que o ‘personal’ da manhã era muito atencioso e deu a entender que, junto com o preço que ela ia pagar, compensava. Achar qualquer lugar por menos de 100 dinheiros aqui por perto é muito difícil, sério. Concordei, fiquei animada, aquela coisa toda, não aguento mais a galera me chamando de gordinha.

Mas gente. o. que. era. aquilo. Você acha que é uma lanchonete, entra e acha que é um restaurante fechado, anda mais e finalmente acha que é… um lugar muito estranho. Um galpão + alguns poucos aparelhos meio enferrujados + uma piscininha da ‘hidroginástica’. Não sou exigente, juro, tanto que até então eu estava feliz. Daí eu expliquei pro moço, bem explicadinho, que eu já malhei há alguns milhares de anos atrás, que eu sou sedentária e a única coisa que eu faço na vida é caminhar – não porque eu quero, mas porque é necessário, mas isso eu guardei pra mim. Ele resolveu então que seria muito legal eu ficar quarenta minutos… caminhando. Não me canso tanto, acho chato só, mas enfim, não perder  a animação é a saída, bora lá! Aos vinte minutos o chato, porém, se transformou em insuportável quando o CD de músicas disco anos noventa cantadas em inglês por um japonês resolveu repetir. Aquele tecladinho típico foi me deixando deprimida, as pessoas chegando foram me deprimindo, sei lá porquê. Nunca quis tanto dar o fora de um lugar. Aquele beco parecia tanto um portal de volta no tempo que se me dissessem que era 1998 eu acreditaria. Juro. O que veio depois foi só a confirmação do quanto eu amo ter idade física de 65 anos. Só que não. O moço colocava muito peso em todos os aparelhos e debochava de mim quando eu falava que não ia dar conta. Daí eu fazia metada bem devagarzinho e mentia MUAHAH (auto-sabotagem detectada haha).

Saí de lá amando estar em 2012, amando minhas gorduras, amando minhas playlists e querendo mais do que nunca ter 65 anos, para a minha idade física coincidir com a real. Amém.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Paulo Victório


PAULINHOO topolino do nome mais elegante desse mundo – e do apelido mais carinhoso também -  morreu essa semana ): Mal conseguimos arrumar a casinha dele de um jeito decente… mas agora ele está no céu das aveias, algo parecido com isso, e está muito feliz!







R.I.P. Demo ♥